30.8.07

GAP





A GAP acabou de lançar uma campanha "Classics Redefined" que inclui uma série de retratos de pessoas aspiracionais...e giras que se fartam: Selma Blair, David Guggenheim, Regina King, Liev Schreiber e Lucy Liu. Gosto da mensagem simples e clara e acho que está certa para a GAP.

Mas o que me chamou à atenção foi o facto de incluir uma mulher mais velha.
Pouco a pouco as marcas começam a perceber o valor deste mercado e a dedicar-lhe alguma atenção.

25.8.07

Something from my new book

"We only exist through the love of others and that's all about it"

Exotic Pleasures
Peter Carey

Older consumers...again

Um dos problemas mais explorados na literatura sobre "grey market" é o facto dos consumidores mais velhos serem adversos a experimentar novos produtos ou marcas, recorda-me alguns diálogos entre mim e a D.Elizabete (alguns sabem quem é) que tem mais de 50 anos e portanto faz parte deste mercado.

Diálogo 1
P - Bom dia
E - Bom dia, como está?
P - Queria pedir-lhe para limpar melhor o pó debaixo daqueles móveis por favor
E - Sabe, agora há uns paninhos muito bons, agarram muito bem o pó e no final deitam-se fora, vi na televisão
P - Pois, não acredito muito nisso, além disso só faz lixo

Diálogo 2
P - Olá, então tudo bem?
E - Sim ,cá estou de volta desta roupa
P - É uma seca, não gosto nada de passar a ferro
E - Agora há um líquido que se põe na água do ferro e a roupa é muito mais fácil de passar
P - Aí sim? Eu não gosto nada disso, deve fazer mal à pele

Claro que se eu lhe pedisse para experimentar o novo ipod para ouvir música, em vez do rádio a resposta seria inversa, mas do meu conhecimento e de do resultado de muitos outros estudos, os consumidores mais velhos também gostam de experimentar novos produtos, embora só o façam se virem uma razão válida para tal.

23.8.07

Mundo académico

Pesquisar fez-me descobrir um mundo novo, existe muita gente a fazer pesquisa e investigação e como resultado há uma quantidade infinita de informação.
Alguns dados muito úteis e interessantes, mas que por vezes ficam perdidos em bases de dados de acesso difícil ou limitado, em documentos demasiado académicos ou pouco apelativos, mas que poderiam contribuir muito para a melhoria de alguns sectores, nomeadamente o da comunicação.

Resta confiar nas editoras e nalguns jornalistas que afortunadamente têm acesso a este material para que chegue até um público mais vasto.

22.8.07

Sai uma Sagres fresquinha



"A Cerveja Sagres lançou o Iceberg Plus, um equipamento que permite guardar cervejas em garrafas e servir cerveja de barril na temperatura ideal de consumo (3 graus)"

Uma boa ideia, talvez o nome 'iceberg plus' esteja um bocado exagerado

19.8.07

Dominó



Tive que ir a Kingston, mas valeu a pena porque é uma zona de Londres muito simpática à beira rio.
Encontrei por lá esta espécie de instalação com cabines telefónicas.

16.8.07

À conversa com eles



Porque temos todos estes preconceitos para com os mais velhos?
Parece óbvio, mas talvez seja melhor relembrar que vivemos no sociedade obcecada com a juventude, mesmo que não seja esse o nosso objectivo máximo de vida dificilmente conseguimos deixar de prestar atenção à pressão exercida para sermos eternamente jovens.

As razões para este facto são diversas, mas não podemos esquecer que culturalmente a sociedade em que vivemos, sobretudo por motivos religiosos, e ao contrário de outras como a indiana, tem medo da morte e como tal receia tudo o que está associado ao conceito de envelhecimento, ou ao caminho para a morte.

Para fugir desse medo da morte, os mais velhos são isolados do resto da sociedade, é-lhe retirado o seu papel de fonte de sabedoria e a palavra velho passa a ser sinónimo de insulto ou humilhação.

Quando a maioria da população tiver acima de 50 anos algo vai ter que mudar, mas é preciso começar a agir já.

Aqui fica uma passagem de um livro de um especialista na matéria para reflexão:
"In some primitive societies, eating a young animal or having sex with a young person was said to have rejuvenating qualities. Today, we are witnessing a modern version of this sacred cannibalism. The youth culture is like a magic culture"

Ainda à conversa sobre "grey market"

Muitos são os preconceitos ou mitos que existem sobre os consumidores mais velhos, no entanto vários estudos e pesquisas revelam que não passam disso mesmo, por isso se também pensavam assim...talvez vocês sejam os velhos!

• não têm dinheiro
• têm problemas de saúde
• estão isoladas e desoladas
• estão senis
• estão preocupadas e com medo da morte
• têm menos desejo de aventura, romance e sexo
• são todas iguais
• não querem experimentar coisas novas

12.8.07

Trends - Over 50's

Estou a gostar muito do tema da minha tese "Grey Market" e quanto mais pesquiso mais relevante acho que é.
Porquê?

1. Dentro de pouco tempo 50% da população europeia vai ter mais de 65 anos
2. Só no Reino Unido, o meu marcado de análise, existem mais de 20 milhões de pessoas com mais de 50 anos e estas concentram cerca de 80% da riqueza nacional
3. Nesta fase da vida a maioria dos consumidores já não vive com os filhos e já pagou as suas hipotecas, por isso tem mais tempo e dinheiro disponível
4. Preocupam-se com a saúde e aparência e têm a seu favor os avanços da medicina e da estética
5. Aqueles que ainda pensam que a vida acaba após os 50 estão enganados, para esta geração, mais conhecida por "baby boomers", a vida começa aos 50 e pelas projecções muitos terão outros 50 anos à sua frente
6. A acrescentar à esperança de vida, há a forma como a querem viver. Se a imagem que têm deles é sentados numa cadeira a apanhar sol no jardim, esqueçam, o mais certo é estarem a fazer uma viagem... infelizmente nem todos

Estas são apenas algumas das razões que devem fazer pensar os responsáveis de marketing, as agências de publicidade e RP a pensar e alterar muitas das suas estratégias que continuam focadas nos mais jovens, mas atenção é preciso conhecer bem a melhor forma de os cativar, algumas dicas ficam para um próximo post.

Back to work

Voltei de férias com a cabeça descansada e com o coração cheio.
Agora tenho que recuperar o tempo perdido nos banhos de mar e nos mergulhos e trabalhar arduamente na minha tese para depois no Natal voltar à vida de trabalhadora, da qual já tenho algumas saudades...acham possível?